... SOMBRAS DO PASSADO
No desespero as lágrimas surgem,
São como feras terríveis que rugem
Tantas que quase me enlouquecem.
Confesso que: enquanto choro,
Dobro meus joelhos calejados e oro.
Pedindo a Deus que me socorra,
Que tire toda tristeza de minha alma.
Restabeleça a paz, a fé e a calma.
Que mostre-me como devo agir,
Dando-me coragem para não fugir.
Nem perca jamais a esperança,
Que me acompanha desde criança.
Está em mim desde o meu nascimento,
Desejo que fique até a minha partida...
Sendo a chave de todo entendimento.
Não sei quanto tempo ainda vai durar
Porém, certamente um dia há de findar,
Tudo que entristece meu coração,
Tudo que encurta os meus dias de vida:
Rogo-te ó Deus: mostre-me a saída!
Noto que aos poucos vou sucumbindo,
Pois, dificilmente vejo-me sorrindo.
Ah, o vazio está se tornando frequente
Dentro de mim, chega tão de repente,
Tal e qual um furacão vai destruindo.
Então, procuro disfarçar a todo custo,
Mas se olho no espelho me assusto,
Tento espairecer, porém, não consigo;
Ponho-me completamente paralisado:
Perseguido pelas sombras do passado!