A poética da solidão
Vago-me perdido em palavras
Nas luzes que não se apagam
Nas ruas vazias tristes de solidão
Nos sonhos que se foram em vão
Regados a prantos de acída chuva
Em lágrimas de dores de tanta dor
Detesto-te e te quero loucamente
Aprisiono-te, liberto-te e desejo-te.
Faço-me escaravo de teus prazeres
De minha carne, de meu frio espírito.
Assim tu causas tanta dor sem medida
Aflorando esse meu inevitável tal pesar
Num sórdido estado da mente que flui...
Que escraviza a minha coragem de viver
Querendo destruir a minha paz interior
Querendo arrancar a minha felicidade
Dominando a sanidade pelo o insano
Numa madrugada repleta de vil insônia
De uma longa noite de aflição e dúvidas
Na eterna batalha tão bela e êfemera.
Essa poesia foi inspirada no livro: Crônica da Solidão.
Do escritor Chamboneu.
TEXTO DO LIVRO:
PERSPECTIVA POÉTICA/2017.