A poética da solidão

Vago-me perdido em palavras

Nas luzes que não se apagam

Nas ruas vazias tristes de solidão

Nos sonhos que se foram em vão

Regados a prantos de acída chuva

Em lágrimas de dores de tanta dor

Detesto-te e te quero loucamente

Aprisiono-te, liberto-te e desejo-te.

Faço-me escaravo de teus prazeres

De minha carne, de meu frio espírito.

Assim tu causas tanta dor sem medida

Aflorando esse meu inevitável tal pesar

Num sórdido estado da mente que flui...

Que escraviza a minha coragem de viver

Querendo destruir a minha paz interior

Querendo arrancar a minha felicidade

Dominando a sanidade pelo o insano

Numa madrugada repleta de vil insônia

De uma longa noite de aflição e dúvidas

Na eterna batalha tão bela e êfemera.

Essa poesia foi inspirada no livro: Crônica da Solidão.

Do escritor Chamboneu.

TEXTO DO LIVRO:

PERSPECTIVA POÉTICA/2017.

Déboro Melo
Enviado por Déboro Melo em 15/03/2022
Reeditado em 17/05/2022
Código do texto: T7472947
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