Quanto ainda há

Quem diria que haveria mais onde houve tão pouco?

Afinal, o que mais deveria sob o céu sustentado ainda haver?

Quanto menos houvesse, pequeno, o que havia acabaria.

Porque a grandeza engole os arredores,

os detalhes e os pormenores,

e o que não for elevado.

Quem diria que aquele grande amor do passado,

que movimentou tantas juras e promessas fragmentadas,

não resistiria aos escombros, às cinzas das madrugadas

e aos assombros do que mais não há,

porque não foi, não é e não será

o que parecia consumado?

DAN ASSUMPÇÃO
Enviado por DAN ASSUMPÇÃO em 06/03/2022
Código do texto: T7466228
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