Quanto ainda há
Quem diria que haveria mais onde houve tão pouco?
Afinal, o que mais deveria sob o céu sustentado ainda haver?
Quanto menos houvesse, pequeno, o que havia acabaria.
Porque a grandeza engole os arredores,
os detalhes e os pormenores,
e o que não for elevado.
Quem diria que aquele grande amor do passado,
que movimentou tantas juras e promessas fragmentadas,
não resistiria aos escombros, às cinzas das madrugadas
e aos assombros do que mais não há,
porque não foi, não é e não será
o que parecia consumado?