Solidão dos atrevidos

Saio para ver gente

prometi ser muda

enquanto o mundo dorme

debaixo das luzes onde vivem.

Um bar, estará aberto? Parei,

já não tenho nada para esquecer

falar com quem? de quê?

da solidão dos atrevidos,

da nuvem onde durmo

ou de um livro já lido?

Está frio, através das vidraças, sinto

ausência anunciada da noite.

rostos que revelam dor

não entro, lembrança daqueles

que em vida me amaram!

Helena Correia
Enviado por Helena Correia em 01/03/2022
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