FERIDAS DO TEMPO
Da minha janela eu sinto
Apenas um tênue silêncio
E na solidão do meu quarto
Foco em meus pensamentos.
Olho para o céu e não vejo
A linda estrela D'Alva brilhar
Nem a belezura da lua cheia
Tão somente o breu do lugar.
Simplesmente o escuro da noite
Sem nenhuma fresta de luz
Incendem no âmago da mente
Reabrindo feridas do tempo.
Os raios do sol num repente
Adentram e afagam meu pranto
De uma entranhada nostalgia
Cravada no corpo e na alma.
Maria de Fatima Fontenele Lopes
Rascunhos da Alma
Antologia: Elas Brilham
Editora Brunsmarck