Alma de poeta, coração alcoólatra
Alma de poeta
Coração alcoólatra*
Peguei a viola
Numa noite de outono.
O copo na mão
Embriagado de prazer.
Comecei a escrever
Na madrugada fui compondo.
As lágrimas despencaram
A saudade apertou
A cabeça alertou
Não deveria continuar
Larguei o papel e a caneta,
Joguei a viola na cadeira.
Desisti daquela maneira,
De a alma alimentar
Voltei a virar o copo,
Pensando na solidão.
Enquanto meu descompassado coração,
Consolava a alma que não pôde gemer.
Numa próxima noite, querida.
Essa noite não aguento.
Seria tortura neste momento,
Não aguentaria o tanto que iria doer.