Alma de poeta, coração alcoólatra

Alma de poeta

Coração alcoólatra*

Peguei a viola

Numa noite de outono.

O copo na mão

Embriagado de prazer.

Comecei a escrever

Na madrugada fui compondo.

As lágrimas despencaram

A saudade apertou

A cabeça alertou

Não deveria continuar

Larguei o papel e a caneta,

Joguei a viola na cadeira.

Desisti daquela maneira,

De a alma alimentar

Voltei a virar o copo,

Pensando na solidão.

Enquanto meu descompassado coração,

Consolava a alma que não pôde gemer.

Numa próxima noite, querida.

Essa noite não aguento.

Seria tortura neste momento,

Não aguentaria o tanto que iria doer.

Lucas Rodrigues do Carmo
Enviado por Lucas Rodrigues do Carmo em 08/02/2022
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