Devaneios de um homem
A chuva cai fria e fina la fora,
A humidade na janela escorre e chora.
Árvores balançam tentando jogar a minha dor fora.
Caem as folhas e caem a tristeza em meu peito
Tarde molhada,com a minha dor do desfeito.
Ela foi embora junto a brisa que passou,
Levando as saudades que do meu peito arrancou.
Cai a noite e a escuridão toma meu ser,
Junto a dor e a saudade, começo a lêr.
As letras brincam e dançam a minha frente,
São lágrimas que se misturam a elas em um repente.
Seu perfume ainda sinto junto a janela,
O corpo entrelaçado ao meu ainda a vejo,
Sentindo ainda os seus desejos.
Beijos ardentes úmidos e quentes de despedida
Sofro,choro,e grito a dor da fera ferida.
Agora tudo acabou,tristeza, lágrimas e solidão
Tudo invade a minha alma e o coração.
As lágrimas lavam o meu resto da esperança
Só resta o meu monólogo e a distancia.
Cansado, durmo em cima da solidão
Cobrindo-me com a amargura da rejeição.
O frio da minha alma se mistura com a noite fria
Procuro me aquecer com a esperança de vê-la um dia.
O sol agora insiste em bater em minha janela,
Abro, e o deixo entrar me aquecendo a ausência dela.
Algumas gotas caem ainda la fora,
Caem algumas lágrimas também agora.
Vem um novo dia uma nova aurora.
Tenho que apagar este sonho,
tudo agora são só saudades,
Necessito viver a minha eternidade.