ATRAVÉS DA VIDRAÇA DO TEMPO
Meus olhos atravessam a fina vidraça
A procura dos teus olhos de forma sutil,
O vento traz-me teu cheiro doce de abril
Enquanto o vinho tinto na minha taça
Aguarda a chegada da estação primaveril.
É tempo de espera no meu coração,
É tempo das horas e dos momentos
Na lentidão cruel em que enfrento
Durante todo o extenso e quente verão
Trazendo-me o mais profundo lamento!
Então mergulho em uma imensa solidão
A espera de um outro outono de alento,
Com a esperança de revê-la com paixão
E acabar de vez com meu sofrimento,
Levando para bem longe todo o tormento,
Trazendo de volta o calor de tua mão!