Na manhã de um novo dia

Há sempre uma lição de vida

As cicatrizes são eternas

Mas a felicidade cura ferida!

 

Pelas ruas abandonadas

Lá vai o poeta andarilho

Que faz verso com a tristeza

E na dor encontra brilho!

 

Contempla o céu sem estrelas

Mas mesmo assim se encanta

Compõe poema só seu

E a própria dor acalanta!

 

No jardim sem borboletas

Sem colibris e sem roseira

Tira da alma rimas ricas

Como vapor da chaleira!

 

E fechando este livrinho

De coração assombrado

Repete sempre o poeta:

Meu verso está saturado!

 

 

Regina Lúcia Pinto Rangel
Enviado por Regina Lúcia Pinto Rangel em 26/01/2022
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