Na manhã de um novo dia
Há sempre uma lição de vida
As cicatrizes são eternas
Mas a felicidade cura ferida!
Pelas ruas abandonadas
Lá vai o poeta andarilho
Que faz verso com a tristeza
E na dor encontra brilho!
Contempla o céu sem estrelas
Mas mesmo assim se encanta
Compõe poema só seu
E a própria dor acalanta!
No jardim sem borboletas
Sem colibris e sem roseira
Tira da alma rimas ricas
Como vapor da chaleira!
E fechando este livrinho
De coração assombrado
Repete sempre o poeta:
Meu verso está saturado!