Dores do tempo
O Amanhã não mais existe para mim,
As luzes de outrora se apagaram
E agora nada resta além de uma sensação sufocante
De quem se envenenou
Corroendo até os mais límpidos sonhos
Metamorfoseando beleza em dor
Uma dor que não se pode mais suprimir
Pois em mim jaz um coração vazio
Com fome de algo que desconheço
Já não pertenço mais a mim mesmo
Me enlouqueço e me esqueço
De onde e para que vim
Lembro-me vagamente de você
Fantasma translúcido que chora ao meu lado
Você sempre esteve aqui?