Solitude
As vezes você se da conta que não faz falta
E que a falta não lhe faz
O silêncio pulsante
Acalma
É como um tic tac
Tic tac
Um aviso que o tempo se esgota
E a cada dia se esvai
As oportunidades não voltam
E más escolhas ecoam
Em nossos ouvidos
Um lembrete que repercute
Por uma vida inteira
E você pensa
Talvez
Quem sabe a solidão flerta com o silêncio
E como amantes se completam
E ainda sim eu estou só
Destonando entre tons de cinza
De uma tarde nebulosa
Onde gotas pesadas caem
Inundando a alma
Trazendo frio
Contudo escolho a solitude
Ao invés da solidão
Porque simplesmente me dei conta
Que as vezes não faz falta
E a falta não lhe faz