Mar e Chuva

Como o mar pode ser chuva, é como pode a chuva se materializar em mar. Algo tão imenso se subdividir em particular instáveis.

Tenho observado que aqui dentro cresce um mar que vai se fazendo morada, não totalmente sondável pois ele é imenso, se mantém submerso, por vezes se transborda e as ondas podem ser avassaladoras é impiedosas. A este mar nomeei solidão.

Este mesmo mar, se transforma em chuva, é a chuva é melancólica sensível é delicada.

Como um bom marinheiro ando velejando com o mar, por vezes agitado, por vezes calmo. Mas independente da ocasião não busco “lutar contra” as ondas, apenas observo que elas são maiores do que minha pequenez.

Já a chuva vem quando se menos espera, tão inocente, tão pura, partículas finas e suaves que caem do céu tão bem-intencionadas a abraçar a pele ou qualquer superfície que a abrace de volta. Reparei que as vezes a junção de gotas de chuvas trazem catástrofes, é quando isso acontece se transformam em mar. Mas um bom meteorologista sabe que no processo ela só quer encontrar outra partícula de chuva para que não deixe de existir. Então eu não há julgo, apenas observo.

O mar e imenso é vazio, já a chuva é melindrosa, receptiva é “sem querer” pode acabar sendo desastrosa. Como um bom meteorologista, é um bom marinheiro entendo que não vejo a mesmo, é sim os fenômenos que me rodeiam, é por serem compassíveis a mim por uma de uma razão ainda desconhecida, resolveram me poupar do que ainda consegui mapear.