VERBALIZANDO SOLIDÃO
Silêncio.
A pausa necessária dita um outro ritmo.
Tudo desacelera, nada mais reverbera.
Apenas as luzes aquecem o frio.
Não há mais espaço ou lugar.
Não há muito ou mais a esperar.
O instante debruça sobre a vida
e os predicados fogem pela janela.
Andares e andares abaixo seguem os passos,
a distância que permeia retoma o caminho.
Transeuntes estranhos alinhando ideias,
outra noite perdida conjugada ao acaso,
e o verbo solitário vai dormir sozinho...