BATALHAS
O amor morreu na noite de trovões
A boca não se encheu de água
Com a nudez do corpo suculento
A tempestade soterrou desejos.
A luz piscou querendo fugir
Da atmosfera pesada dentro do quarto
As palavras relampejavam fortes
Atirando raios nas boas lembranças.
Os deuses nos usam como peças de xadrez
Com batalhas em campos minados
Com os mecanismos de defesa e arrogâncias
Sob as carícias planejadas na solidão.
Mas quando o sol raiar em nossos olhos
A falta do outro ficará amarga na garganta
E nem o melhor café da manhã irá disfarçar
O barulho do coração desabando em silêncio.
A bonança é uma chance de se reconstruir
Por isso eu olho para a porta constantemente
Esperando você bater com suas mãos nervosas
Buscando calmaria em meus infinitos abraços.