BATALHAS

 

O amor morreu na noite de trovões

A boca não se encheu de água

Com a nudez do corpo suculento

A tempestade soterrou desejos.

 

A luz piscou querendo fugir

Da atmosfera pesada dentro do quarto

As palavras relampejavam fortes

Atirando raios nas boas lembranças.

 

Os deuses nos usam como peças de xadrez

Com batalhas em campos minados

Com os mecanismos de defesa e arrogâncias

Sob as carícias planejadas na solidão.

 

Mas quando o sol raiar em nossos olhos

A falta do outro ficará amarga na garganta

E nem o melhor café da manhã irá disfarçar

O barulho do coração desabando em silêncio.

 

A bonança é uma chance de se reconstruir

Por isso eu olho para a porta constantemente

Esperando você bater com suas mãos nervosas

Buscando calmaria em meus infinitos abraços.

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 04/12/2021
Código do texto: T7400014
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