Constatação intuitiva

Misturaste na tua poesia intuitiva,

a musicalidade do teu parceiro querido.

Refazendo carícias no silêncio, nessa embriaguez,

dedilhando notas dessa musicalidade confidente.

Buscaste na noite, nos bares, lampejos da tua criação,

esqueceste, porém, no dia seguinte, toda a rima,

nesse copo atroz de bebida...

Ao teu lado, tocava ao violão, uma modinha,

Modinha de desencontro, esse teu parceiro amigo.

Rimando a dor sentida dos tempos passados,

na batida do teu coração transparente.

Foram longos anos de comunhão,

longos anos desvendando os mistérios da vida.

Em tuas viagens percorreste os desencontros nessa partida,

entendo os mistérios dos sentimentos expostos, dos silêncios.

Tornaram-se intuitivos, esse universo de musicalidade, de poesia,

colorindo a vida nesses cantos anônimos e noturnos.

Indizível tudo isso!

Teus versos ecoam por todos os cantos dessa cidade adormecida,

no torpor desse silêncio consentido, nessa obra ousada.

Misturaste alegria na minha poesia,

inventando, nessa tua irreverência, novas narrativas,

anunciando outros amores entre refúgios,

nessa profunda melancolia entre amores impertinentes.

Assim foste sempre nesse mundo de incertezas.

Entre medos e rimas construíste teu universo,

disseminando nostalgias, muitas vezes alegrias,

nessa vida de amores e desamores, nesses acordes...

JTNery
Enviado por JTNery em 27/11/2021
Reeditado em 27/11/2021
Código do texto: T7394730
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