DESTINOS INCERTOS
Não me deixe vagando pelo mundo
Os absurdos moram nas curvas
Não me deixe viajando no crepúsculo
Meus músculos exaustos querem carinho.
Cada vez mais eu sigo indeciso
Pelos vales, montanhas e desertos
Destinos incertos, jornadas inúteis
Caio em qualquer abismo sedutor.
Não me negue o seu refúgio
Abraços abertos, calorosa acolhida
Ninguém me segue quando navego
Nas redes sociais sob o domínio do ego.
Cada vez mais eu rompo a noite
Para me cegar com o brilho da aurora
Tentando ir embora, tentado ficar só
Por um minuto a mais antes de cair fora.
Não regue os meus ávidos espinhos
Só a sua carícia fertiliza meu jardim
Suspenso ou surpreso, eu só penso
O que irá florescer entre mim e você.
Cada vez mais eu vejo o sol
Das tardes insonsas no sofá da sala
A voz outrora forte, agora se cala
Para que o silêncio do nada vigore.