DESTINOS INCERTOS

 

Não me deixe vagando pelo mundo

Os absurdos moram nas curvas

Não me deixe viajando no crepúsculo

Meus músculos exaustos querem carinho.

 

Cada vez mais eu sigo indeciso

Pelos vales, montanhas e desertos

Destinos incertos, jornadas inúteis

Caio em qualquer abismo sedutor.

 

Não me negue o seu refúgio

Abraços abertos, calorosa acolhida

Ninguém me segue quando navego

Nas redes sociais sob o domínio do ego.

 

Cada vez mais eu rompo a noite

Para me cegar com o brilho da aurora

Tentando ir embora, tentado ficar só

Por um minuto a mais antes de cair fora.

 

Não regue os meus ávidos espinhos

Só a sua carícia fertiliza meu jardim

Suspenso ou surpreso, eu só penso

O que irá florescer entre mim e você.

 

Cada vez mais eu vejo o sol

Das tardes insonsas no sofá da sala

A voz outrora forte, agora se cala

Para que o silêncio do nada vigore.

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 21/11/2021
Código do texto: T7390923
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