SOLIDÃO
SOLIDÃO
Às vezes fico pensando
Como será sem alguém para amar
O céu cinzento
E a chuva incessante molhando a janela
Os pássaros mudos
E as mesmas canções sem emoção se repetindo
As flores murchas
E o mundo infeliz sem cores
O silêncio gritante
E a apatia consumindo
Meu coração seco
Tornando-se solo estéril
Impossível de germinar uma semente
Que desabrocharia em flores
Atrairia os pássaros
Que cantariam exultantes
Diante de um céu azul
Que me faria esquecer
A dor irreversível
A solidão