Deserto
Tô no deserto
Bebo minhas lágrimas
Para não morrer de sede...
O calor do solo queima meus pés
Enquanto minha alma está gelada
Não me reconheço...
Me procuro, não me acho...
Vejo o olhar invisível
Da Luz que me acompanha
E a Fé combate com a incredulidade
Uma solidão inexplicável
Me angustia
Parece que o mundo parou
Pássaros cantam... Não cantam
Lamentam...
Se ao menos um deles entrasse pela janela
(Mas no deserto não tem janelas)
Não vejo nada... Nada...
Nem risos, nem rosas...
Onde me perdi de mim?
No deserto...