E OS PARDAIS?

Como voaram alto os seus sonhos!

Quando era pardalzinho

Suas asas alçavam,

voos elásticos

Voos fantásticos.

Só felicidade,

Sob a égide da Igreja.

Não teve oportunidade

De usar as vibes da adolescência.

Por queimar etapas

Por conta dos tapas

Que a vida lhe deu.

Hoje o pardal, embora maduro

No seu pombal não encontra

Um aconchego seguro.

Não pelos aconchegantes

Mas por talvez um

“prejuízo”, juntado

Ao juízo prejudicado:

Uma cabeça incapaz de decidir.

Mesmo assim decidiu.

Sem mais condições

De voltar ao ninho sonhado.

E viver como um passarinho,

Às vezes sozinho.

Outras, pensa acompanhado

E assim vai vivendo um pardal

Perto do bem transcendente

Longe do mal imanente

Quem sabe um dia genial!

Gerardo Pardal
Enviado por Gerardo Pardal em 17/11/2021
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