E OS PARDAIS?
Como voaram alto os seus sonhos!
Quando era pardalzinho
Suas asas alçavam,
voos elásticos
Voos fantásticos.
Só felicidade,
Sob a égide da Igreja.
Não teve oportunidade
De usar as vibes da adolescência.
Por queimar etapas
Por conta dos tapas
Que a vida lhe deu.
Hoje o pardal, embora maduro
No seu pombal não encontra
Um aconchego seguro.
Não pelos aconchegantes
Mas por talvez um
“prejuízo”, juntado
Ao juízo prejudicado:
Uma cabeça incapaz de decidir.
Mesmo assim decidiu.
Sem mais condições
De voltar ao ninho sonhado.
E viver como um passarinho,
Às vezes sozinho.
Outras, pensa acompanhado
E assim vai vivendo um pardal
Perto do bem transcendente
Longe do mal imanente
Quem sabe um dia genial!