73°
Quando escrevi minha ultima poesia
Era o dia de finados
Sentei de frente ao espelho
Para refletir sobre o meu fracasso
Antecipei o ultimo dia da minha vida
Para um feriado
Deixo um ultimo poema
Um delírio ao escrever
A dor do amor que não pude viver
E a despedida da vida nos versos
Força sem explicação
Deixar de viver é como terminar uma canção
O som da caneta rasgando o papel
E aos poucos o silencio ficando silencioso
Mostrando o ultimo verso no verso
Na silenciosa despedida.
Otreblig Solrac - O poeta burro