Minha cidade...

E assim existe,

Uma princesa no sertão,

E ainda persiste,

Apesar de toda a solidão.

Tua história,

Tua honra,

Tua imensidão,

Sonhando à Beira-Mar até domar o Dragão.

Tuas ruas,

Minhas veias,

No Centro está o coração,

Pelo Mercado da cidade que encontrei gratidão.

Eu pertenço a você desde o dia que nasci,

E ao pôr-do-sol na Barra o mais lindo que já vi,

Pelas curvas do Cocó foi onde aprendi,

E mesmo que eu te deixe eu nunca te esqueci.

Minha única companhia nessa tarde de domingo,

Deixe-me cochilar nas tuas dunas onde chamo de abrigo,

A cidade me ama,

Amor correspondido,

Admiro-te da minha cama,

Onde chorar é sempre permitido.

Cada esquina um verso cada casa um poema,

Destemida e ousada como tua índia Iracema,

Seus ventos pentearam minha alma,

Sua agitação me acalma.

Nas tuas ruas sou menino,

Mostre-me o mundo mostre-me o destino,

Dirigindo pelos teus labirintos,

Nunca me perco eu me encontro eu existo.

E mesmo com toda tristeza,

Eu respiro tua beleza,

É mais que minha cidade,

Minha sanidade,

Minha Fortaleza...

David Aragão
Enviado por David Aragão em 04/11/2021
Reeditado em 02/01/2025
Código do texto: T7378631
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