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Gritar! E tirar as calças porque
Quero dormir logo. Quero dormir
Mas a poesia vence e tateando-a
De maneira doentia, tento escrever.
Agora mesmo passou Luísa logo atrás
Sua sombra. Sou covarde e covardia
Eu preciso esconder. Ananda me acha
Um completo idiota. Mas as estrelas
Que vislumbro com essas noites, acompanham
Todas essas pesadas feridas venais
Que tentei dar de graça às meninas
Que pretendia jantar e conquistar.
De longe passa um avião Devoro-
O quero comer teus olhos tão
Úmidos. Nenhuma delas entenderam
Ninguém levou a sério o sério. E agora
Resta um último verso e acho
Que vazio, pra variar. Mas digo uma coisa:
Estou com sono preciso, dormir mas
Não achem que eu desisti de falhar.