O VOO DAS PERDIZES
Olhando esse voo razante das perdizes,
que enfeitam mais o verde dos campos,
não e tão bonito para olhares infelizes,
que um dia já admiraram os pirilampos.
Vejo os colibris com suas lindas cores,
que deixa a paisagem rural mais colorida,
não adianta olhar para as belas flores,
para olhos que não sentem mais a vida.
Tudo é um silêncio mortal na imensidão,
os mais alegres pássaros não tem cantado,
meus ouvidos que não ouvem mais a canção,
e olhos que só conseguem ver o passado.
Então os meus versos nada mais falaram,
as letras e as rimas também foram embora,
poemas e poesias, para sempre se calaram,
sou um poeta mudo, vivendo sozinho agora.
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Lembrando da esposa Elza, recentemente falecida, depois de 46 anos de casados.