"Invisível na multidão"
Não tenho trabalho,
não tenho mulher...
Não tenho uma bituca de cigarro sequer...
Mas tenho o mundo.
O mundo das palavras me pertence, me inflama, me consente...
Não me cobra passagem ou pede conselho...
Ganho apenas aplauso e ajoelho...
Não tenho a inteligência do doutor...
Não tenho a destreza do trovador...
Não tenho a leveza do aviador...
Mas tenho à mão o grafite,
A arma do andarilho das letras.
Não rascunho como canção...
Sou poeta inebriado com a respiração.
Não quero nada mundano.
Não quero alguém esperando.
Quero ser cidadão.
Consciente e carente como toda singela aparição.
Não tenho trabalho,
não tenho mulher...
Não tenho uma bituca de cigarro sequer...
Mas tenho o mundo.
O mundo das palavras me pertence, me inflama, me consente...
Não me cobra passagem ou pede conselho...
Ganho apenas aplauso e ajoelho...
Não tenho a inteligência do doutor...
Não tenho a destreza do trovador...
Não tenho a leveza do aviador...
Mas tenho à mão o grafite,
A arma do andarilho das letras.
Não rascunho como canção...
Sou poeta inebriado com a respiração.
Não quero nada mundano.
Não quero alguém esperando.
Quero ser cidadão.
Consciente e carente como toda singela aparição.