O RÉPROBO
Ombros poleiros de calopsitas.
Mãos cujo cheiro sempre canino
Não negaceiam afagos em gatos.
O coração emite estalagmitas
Algo cavernoso lhe sai indo e vindo,
Indiferente à ordem, talvez aos fatos.
Força traída à Sansão e Dalila,
Vida subtraída no correr das horas,
Sem antes, amanhãs e agoras,
Cidade sem bairros, sem vilas...
O vazio de todo o silêncio
Impera nos olhos semi vedados,
Como rezassem à Santa Maria.
Os calares fizeram-se imensos,
Ínfimos pontos de fuga em quadros,
Ignora enfados ou sensaborias.
Escápula bicada pelo ranço da Austrália,
Falanges roídas por dentes pitbulls:
Que importa acertos ou mais falhas,
Ele encontra seu norte no Sul .
PS. Eu me permiti algumas licenças poéticas.