D’alma saem...
A alma diz à vida
que meu corpo é lerdo
e que meus olhos choram,
porque não possuem abrigo...
Dou-lhes minhas mãos
e os meus punhos os adornam
em qualquer hora
quando quero estar triste
ou ir-me embora
a qualquer ponto do infinito
onde até meu grito não se evapora.
D’alma saem outras tantas almas
e vão às palmas de minhas mãos
juntarem-se a outros corações
onde meus braços se agarram.