Quem pode me socorrer?
Sinto em meu peito um coração apático
Onde minha esperança está na ponta de uma faca
Cravada bem profunda alcançando a dor
Libertando minha existência para voltar a sentir
Não reajo, não me animo com nada
Não gosto de mim e não gosto de ninguém
Não sinto vontade de falar ou de escutar
Não quero ser notado nem passar despercebido
No meu castelo sou um rei solitário
Envolto de toda uma corte sorridente
Sou fraco e não tenho resistência
Minha face já se acostumou a mentir e a disfarçar
Tenho uma vontade louca de gritar para o mundo
Mas no meio de tanto barulho não serei escutado
Estou no calabouço aguardando socorro
Mas já estou conformado em esperar a morte chegar
O drama é interrompido por minha intelectualidade
Meu racional limita minhas expressões
Quero ser forte e demonstrar tranquilidade
Mas fui a Knockout mesmo depois de jogar a toalha
Meu medo é que isso me leve a lugares sombrios
Cheios de medo e torturas pela eternidade
Tento me agarrar a isso para tentar me contorcer
E conseguir chamar a atenção do Deus criador
Como uma criança muitas vezes me sinto
Fazendo birra e me colocando como vítima
Mas a verdade é que eu não tenho nenhuma ideia
De como posso fazer para conseguir socorro de verdade