PRISÃO SEM MUROS

Olhos cansados

Manchas negras circulares aquarelavam ao redor

A postura encurvada

A face espelhada denunciava o reflexo de um ser

A pele gelada

Até o inverno invejava tamanha afronta

Quem seria tal figura?

Todo um mistério para decifrar a identidade

Mas eis que revelo ser eu

Preso as armadilhas da minha própria mente

Uma constante batalha

O burburinho repetitivo parecia um disco ralado

Inútil...fracassado...mal amado...

Ó céus!  Por que tamanha judiação?

A mente humana é um abismo intrigante

Mil perturbações

Tudo que construiu até o momento foi em vão

Interesses camuflados

Medo do desconhecido

A busca incessante por tamanha perfeição

Lírio Reluzente
Enviado por Lírio Reluzente em 27/06/2021
Reeditado em 05/04/2022
Código do texto: T7287579
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