PRISÃO SEM MUROS
Olhos cansados
Manchas negras circulares aquarelavam ao redor
A postura encurvada
A face espelhada denunciava o reflexo de um ser
A pele gelada
Até o inverno invejava tamanha afronta
Quem seria tal figura?
Todo um mistério para decifrar a identidade
Mas eis que revelo ser eu
Preso as armadilhas da minha própria mente
Uma constante batalha
O burburinho repetitivo parecia um disco ralado
Inútil...fracassado...mal amado...
Ó céus! Por que tamanha judiação?
A mente humana é um abismo intrigante
Mil perturbações
Tudo que construiu até o momento foi em vão
Interesses camuflados
Medo do desconhecido
A busca incessante por tamanha perfeição