Estrelas Errantes

Estrelas que sussurram

Falando sobre nós

Manam lágrimas

Pensando em nós

Regozijem do que fomos

Naquela fria despedida

Quando parti sem o beijo teu

O medo de não mais vê-la

Superava o putrefazer da carne

E o da vastidão negrume do pós-vida

Nas areias do tempo

Este que a tudo devora

Designei as alvoradas a clamar

Tais preces hão de iluminar tua estrada

Pois riqueza é vê-la sorrir

Mesmo se multiplicar a poeira

Trazendo consigo a agonia

Estrelas continuarei contando

Pois riqueza é ter memória

Do singelo, do cálido, da simplicidade

Bruno da Silva
Enviado por Bruno da Silva em 16/06/2021
Reeditado em 07/10/2021
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