Estrelas Errantes
Estrelas que sussurram
Falando sobre nós
Manam lágrimas
Pensando em nós
Regozijem do que fomos
Naquela fria despedida
Quando parti sem o beijo teu
O medo de não mais vê-la
Superava o putrefazer da carne
E o da vastidão negrume do pós-vida
Nas areias do tempo
Este que a tudo devora
Designei as alvoradas a clamar
Tais preces hão de iluminar tua estrada
Pois riqueza é vê-la sorrir
Mesmo se multiplicar a poeira
Trazendo consigo a agonia
Estrelas continuarei contando
Pois riqueza é ter memória
Do singelo, do cálido, da simplicidade