VÉU DE MAYA.
Meu amor, me deixe partir!
Por favor... não me queira por perto,
Tudo que eu toco parece ruir
Tudo que eu vejo se torna deserto.
Vá! Leve essa chama acesa
Queime o que for preciso queimar,
Eu sou um cimitério de estrelas
Fingindo ainda brilhar...
E no meu coração desalmado
Repousa silenciosa escuridão,
A noite é um cemitério estrelado
A luz que te encanta? Singela ilusão.
Oh! Faíscas soltas no universo
Por que o caos não me responde?
Será que existe amor eterno?
Uma outra vida? Um outro nome?
Pois te prometo meu bem querer
Noutro tempo te darei cores
Neste sou cinza para você
Só amargura... dissabores.
Não! Não seja leviano
Procure por reciprocidade,
Sim! É certo que eu te amo
Mas escolho minha liberdade.
Na chama que cresce sem parar
Na ânsia desenfreada por viver,
Quanto mais forte eu brilhar
Mais rapidamente irei morrer...
Como um cometa que corta o céu
Como uma estrela que irá colidir,
Meu amado, não seja cruel
Meu bem... só me deixe partir.