Paredes verticales
Mantenho-me fixo olhando a lâmpada, com meu rosto lívido;
Sei que a monotonia é outra coisa,
É certo que existe um outro dia,
Olho vagamente as paredes verticais tentando retirar o óbvio de mim mesmo,
Demasiados sonhos nessa necessidade de movimento.
Me conheço, porque volto a repetir-me, sei que sou profunda agitação
E não me convencem apenas evidencias;
Posso resistir, mais espero respostas de perguntas que ainda não formulei.
E doce sonhar, e destruir as ultimas muralhas de saudade
Continuo obstinado, esplendido e verdugo
Aceito essa confortável melancolia que atravessa esse silencio
Movimento interminável onde nada acontece.
É certo que outro dia existe, generoso e esplêndido
propondo esse permanente engano, para poder continuar enfrentando meus mêdos.