A solidão em nós
Seus olhos que me negam
Me visualizam o tanto que me queres
Seu corpo que se desvia do meu vento
Sopra uma voz silenciosa que suplica
Um momento seu junto do meu
Seus braços que se cruzam
Deixam sobrando um espaço que me cabe
E me chamam a extinguir sua solidão
Meus olhos que te regam
Fazem brotar (ao meu ver) a flor em ti
Meu corpo pega carona na sua expiração
E minha vontade de você é gritante e platônica
Pois no momento não sei dizer o tanto que te quero
Mas meus braços não se cruzam
Deixo vago um espaço que milimetricamente te cabe
Para que assim transborde fora de mim a solidão