CLAUSURA

Meu coração foi capturado
Tornei-me refém
Das profundas águas
Que pairam sobre o medo
Em meus olhos
Minhas asas estão quebradas
E o chão retirou-se de sob meus pés
Em queda livre encontro-me
Com o peito rasgando
E os sonhos despedaçados
Confesso
Meu coração foi fraco
Ao render-se tão facilmente
Estou à deriva
Em meio as rachaduras
Que obscurecem minh'alma
Preciso encontrar a superfície
Deixe-me respirar
Meus pés anseiam por terra firme
Estou cansado de nadar
A tristeza roubou-me o fôlego
Preciso recuperá-lo
Pois meus olhos já exaustos
Desejam descansar meus pensamentos
Que se aglutinam desesperadamente
Na silenciosa madrugada
Gritando-me teu nome
Porque não consigo esquecer-te?
Por favor, deixe-me ir
Deixe-me voar
Feito um passarinho livre da sua clausura
Minha mente deseja paz
Meus poros necessitam inalar o amor
Outra vez.
Xícaras de Prosa
Enviado por Xícaras de Prosa em 29/04/2021
Reeditado em 29/04/2021
Código do texto: T7244551
Classificação de conteúdo: seguro