Aves migratorias
Quando o tempo dormia sem rumores e eramos ingênuos,
Buscávamos a mesma coisa,
Quando fomos capazes de pagar o saldo do fim da nossa inocência,
Descobrimos nossos inimigos,
Quando por fim as lembranças ficaram opacas e começamos a odiar-nos,
Percebemos por primeira vez algum desafio,
E o silencio chegou a queima roupa, afirmando-se em presságios,
Exumado lentamente velhas verdades, Desconhecendo o conhecido;
Tudo parece leviano nessa filosofia cheirado a naftalina,
Quando o mundo era nossa casa não tínhamos destino;
Eramos aves migratórias...