SOLITÁRIO

Passam as horas, silenciosamente

Madrugada fria, chove lá fora

E, eu aqui, tendo como companhia

Um copo de vinho em frente a uma lareira.

Tantos sonhos sonhei, quantas vivências!

Que houve com o meu viver

Por que não me sinto completo?

Meu coração sempre foi volúvel

Me pregou tantas peças, e eu também

fui muito boêmio, me entreguei

A paixões e vícios que me alegravam

Momentaneamente

Aqui, a madruga silente.

Eu solitário busco lembranças do que vivi

Bons momentos, avidez e arrebatamento diante da vida

Foram muitas aventuras onde fui senhor de tudo

Agora, me pego cismado com esses instantes

Coisas de um passado, que jamais voltarão

Sem lisonjas a velhice me encontrou...

Sempre fui um privilegiado

Eu que sempre gozei de tudo que o poder pode conseguir

Brinquei com o destino, hoje me vejo carente

Lamentando a ausência do calor humano

nessa madrugada que me deixa insone.

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Inspirado em um poeta que tem a solidão como companheira, constante.

Sei que a vida tem dissabores, mas mesmo com esses tons cinzas, espero que você não desanime e se inspire. Avante!

https://palavrasnotasevivencias.blogspot.com

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Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 22/04/2021
Reeditado em 26/04/2021
Código do texto: T7238544
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