SOLITÁRIO
Passam as horas, silenciosamente
Madrugada fria, chove lá fora
E, eu aqui, tendo como companhia
Um copo de vinho em frente a uma lareira.
Tantos sonhos sonhei, quantas vivências!
Que houve com o meu viver
Por que não me sinto completo?
Meu coração sempre foi volúvel
Me pregou tantas peças, e eu também
fui muito boêmio, me entreguei
A paixões e vícios que me alegravam
Momentaneamente
Aqui, a madruga silente.
Eu solitário busco lembranças do que vivi
Bons momentos, avidez e arrebatamento diante da vida
Foram muitas aventuras onde fui senhor de tudo
Agora, me pego cismado com esses instantes
Coisas de um passado, que jamais voltarão
Sem lisonjas a velhice me encontrou...
Sempre fui um privilegiado
Eu que sempre gozei de tudo que o poder pode conseguir
Brinquei com o destino, hoje me vejo carente
Lamentando a ausência do calor humano
nessa madrugada que me deixa insone.
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Inspirado em um poeta que tem a solidão como companheira, constante.
Sei que a vida tem dissabores, mas mesmo com esses tons cinzas, espero que você não desanime e se inspire. Avante!
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