Sem despedidas...

Empresta - me

A sombra de tuas asas

Diáfanos cristais lapidados

Sutil mosaico

Forjado com os primeiros

Raios de sol da manhã...

Empresta - me

Surreal Libélula -

Os vitrais sombreados

De tuas límpidas asas

Para que eu possa voar

Só minh'alma, sem dores

Sem despedidas,

Despida de saudades -

Imersa em tua Poesia

Ao som da harpa de Quíron

De encontro ao céu azul,

Seguindo as sementes

De dentes - de - leão

Que hoje cedo abracei...

E, quanto à tua sombra?

Devolvo - te em uma página

Em branco que recebe, agora

Três folhas do plátano

Tingidas com a nostalgia

De outonais tintas,

Beijos do vento

& àquela gota de vinho...