A solidão em versos
Ouço estalidos no coração
Um ranger febril
De descompasso inquietante
Sombras de formas confusas
Entroncamentos do silêncio
Ditos não escritos da nossa jura
Não ouço mais tua poesia.
Morrer de fome intelectual
Mas pior que seja
Não ter o teu amor: poema.
Que fazer com este sentimento...
Ele afoga lágrimas sem cair
Tange o vento para que não digas
Porque não vem aqui comigo?
Se o sabor é tão forte
E os temperos
Esculpidos de letras selecionadas...
A solitude da tua falta
O amor métrico e fonético
Que tanto sinto que sentes
E por hora: não fala, cala.