Soneto da Saudade
É o fogo intenso que arde,
No poeta, sem arder
Dos longínquos pensamentos
Desnorteados do querer.
É a brisa dos rios de lágrimas
Que nos pensamentos se vão.
São as mútuas frias larvas
Que exalam do vulcão.
São primaveras a florir,
Que choram, que riem, que se vão,
Que partem para outra estação.
E assim ficam as dores,inusitadas lágrimas
Não mais em rios, mas em almas
De um solitário poeta saudosista.