Sozinha
Mais sozinha que o grão de areia no assoalho do mar
Mais esquecida que a estrela a trinta milhões de anos luz da Terra
Mais azarada que os jogos de azar
Mais pisada que um caminho de pedras
Pessoas não servem nesse mundo
Pessoas não servem para as outras
Tudo o que é injusto é sempre justo
Quando a empatia é muito pouca
Amigos não servem
Amigos não existem
Pessoas se perdem
Pessoas não persistem
Não há ninguém que se importe com você
Você nada fez para merecer
O seu pecado foi simplesmente nascer
E seu prêmio será morrer
Que as cortinas da vida em breve se fechem
Pois os mortos nunca mais se mexem
E que os laços que ainda se tecem
Sejam nós, que nunca crescem