O aceno do cais
Navegava por águas tortuosas
Velejava ao longo dos dias...
Em um mar que não era calmaria, não...
Era tormenta, tempestade lascinante.
E depois o calor vidrado, vibrante,
O sol escaldante
O balanço entorpecente.
Mas no horizonte, a espera...
O porto, a vista do cais.
A visão de seus mais tenros sonhos.
Seu bálsamo.
Depois de muito tempo
Era o momento
De maior paz,
Algo tão inadvertidamente fugaz...
Pois quando partia
Não sabia se era quem deixava o cais,
Ou se era o cais que a deixava.