Por que contar carneirinhos?

Ultimamente são os dias

Que dormem dentro de mim.

Tornei-me sonolenta.

Dos sonhos nao abro mão.

Meio inimiga do tempo

Dou bom dia, pulo para o mundo

Ponho os meus pés sobre o chão.

E nesse caminhar desperto

Mas não tão perto,

Dessa estrada que desenhei.

Estrada que me serpenteia.

Serpente que me imobiliza

Abocanhando a mulher

Que vários sonhos semeia.

Perdida em simbolos oníricos

A serpente traduz renovaçao.

Talvez seja ela meu arquétipo

Como um carneirinho sem lã...

Dou-me boa noite. Cerro os olhos.

Deito sem ter sonolência,

Deito sem ter paciência,

Pra meu despertar de manhã.