VERDADES INCOMENSURÁVEIS
Meu Deus e meu tudo,
Deste-me presentes tantos!
És o melhor presente eterno
Na listagem transcendental.
Alivia-me, Deus, desta descomunal dor.
Pelo menos, que não seja tão frequente,
Já não sei se estou morta ou viva.
Porque esta dor me consome, deveras.
Alegria? Raramente a sinto
Somente, quando, às vezes,
Consigo notar intensos brilhos
Nas estrelas, na Lua e no Sol.
Também, capto brilhos diferentes
Nos olhos de pessoas que amo.
Eis, pois, verdades incomensuráveis
Nesta labuta minha, de todos os dias
Abrangentes às noites solitárias.
Batalha, 11 de outubro de 2010.
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Francisca Miriam Aires Fernandes, em "Safra Poética", 1ª edição, CBJE, Rio de Janeiro, 2020 (Página 95).
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