SILÊNCIO
Silêncio,
Vozes sussurram
Marasmo,
Frenesi em mim
São só desejos
São só memórias
Sou só eu
Sou eu só
E ela que,rastejante feito víbora
Na surdina vêm ferir meu calcanhar
Ela é meu maior medo
E hoje companhia
Companhia noturna
Entre acordes,letras e a Lua
Seu amor era tão óbvio
Sua visão tão linear
E eu tão inquieto
Confuso,incerto
Quis traçar o meu caminho
Quis calar o coração
Agora,recebo em paz o que mereço
Porquê ainda te tenho
Por hora,ainda te tenho
Mas ao sentir faltar o óbvio
O óbvio amor
Me entregarei às águas
Dilatarei os olhos
Darei fumaça por sossêgo
E verei que não sou o primeiro
Sangrando calado
Andarilho ilhado
Em óbvia dor
Em solidão