SILÊNCIO

Silêncio,

Vozes sussurram

Marasmo,

Frenesi em mim

São só desejos

São só memórias

Sou só eu

Sou eu só

E ela que,rastejante feito víbora

Na surdina vêm ferir meu calcanhar

Ela é meu maior medo

E hoje companhia

Companhia noturna

Entre acordes,letras e a Lua

Seu amor era tão óbvio

Sua visão tão linear

E eu tão inquieto

Confuso,incerto

Quis traçar o meu caminho

Quis calar o coração

Agora,recebo em paz o que mereço

Porquê ainda te tenho

Por hora,ainda te tenho

Mas ao sentir faltar o óbvio

O óbvio amor

Me entregarei às águas

Dilatarei os olhos

Darei fumaça por sossêgo

E verei que não sou o primeiro

Sangrando calado

Andarilho ilhado

Em óbvia dor

Em solidão

Abraão Felipe
Enviado por Abraão Felipe em 31/12/2020
Código do texto: T7148789
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.