Abstrações

Vôo

como pássaro alado

no céu profanado de minha inocência

derramando

em campos abstratos

flores esparsas

veleidades

alma em decomposição..

A ferida sangra compaixão

e o silêncio

mortalha perdida

canta melancolicamente

a última nota putrefata

deste mundo caduco..

E a criança que chora

derrete muros humanos.

Vai-se a candura

nas ancas de um anjo.

Coito de sombras,

reflexo multifacetado

do meu eu em ebulição..

E no fim tudo é

solidão...

Lcambará
Enviado por Lcambará em 28/10/2007
Código do texto: T714123
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