Reencontro
Reencontro
às vezes, emigro sem destino
nesta floresta negra
onde o êxodo da alma me consome…
este mar da memória e de meu exílio.
às vezes eu volto para o inicial mundo
esse confuso desejo de existência
do qual decidi desaparecer.
às vezes ainda choro por causa da raiva e das tempestades,
choro da confusa criança que me pede colo por dentro
choro com o sangue de velhas feridas
que brotam
em alguma noite de carência e frio de carícias.
e sem destino encontro-me da solidão que os troncos me oferecem,
entre os musgos e o húmus…
como semente que brota as primeiras chuvas…
Alberto Cuddel
16/08/2020
18:23
Poética da demência assíncrona...