Lagarta de Fogo

Ela se arde se contenta. Se arde e se contenta. Se arde e se contenta.

E se veste, se despela, se encaixa, se adapta e grita dentro seus desesperos.

Uma mistura de louvor e glória com fugidez e desamor. Você a vê mas não a olha, nem ela sabe de seu reflexo. Ela desesperadamente procura dentro de si, tira as tralhas, joga tudo pelo ar; acha o desespero, vê os seus oasis distorcidos, enxerga a pouca luz e arde. Fluminense submersa. Chora com suas quimeras desatinadas. E se contenta.

Lua de Ébano
Enviado por Lua de Ébano em 05/12/2020
Reeditado em 16/02/2023
Código do texto: T7128464
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