QUASE COMO UM AFAGO TRISTE
(Ps/522)
A lembrança de ti, chega-me
Como um encanto, prostrado,
Delicadeza em violetas e rosas
Desce o pranto, calado!
Se a vida quis roubar-me
Esse sonhado e puro encanto,
Tenho-lhe ódio e mágoa,
Infinitas saudades, transplanto.
Distante, sofro saudade infinita!
Agora que bem me conheço
Tão claro como um dia azul, nego
O teu amor um dia vivido
Fragilidade, de mim, me pertenço!
Docemente, lembro bem, o olhar
E meu coração inundava-se de ti
Borbulhava e transbordava em asas
Junto do teu, a orvalhar pérolas!
Quando em súplica nas negras noites,
Gritava por ti, ausente, o meu inferno
Principiava, afogando-me a alma,
Num uivo rouco de dor e desilusão!
Estamos velhos nesse mar de mágoa
Os áureos tempos são poente, agora
Trazemos o coração desfeito às mãos
Que na distância perdemo-nos, outrora!
" Tudo, diluiu-se, na trincheira,
como um fantasma! "
(Ps/522)
A lembrança de ti, chega-me
Como um encanto, prostrado,
Delicadeza em violetas e rosas
Desce o pranto, calado!
Se a vida quis roubar-me
Esse sonhado e puro encanto,
Tenho-lhe ódio e mágoa,
Infinitas saudades, transplanto.
Distante, sofro saudade infinita!
Agora que bem me conheço
Tão claro como um dia azul, nego
O teu amor um dia vivido
Fragilidade, de mim, me pertenço!
Docemente, lembro bem, o olhar
E meu coração inundava-se de ti
Borbulhava e transbordava em asas
Junto do teu, a orvalhar pérolas!
Quando em súplica nas negras noites,
Gritava por ti, ausente, o meu inferno
Principiava, afogando-me a alma,
Num uivo rouco de dor e desilusão!
Estamos velhos nesse mar de mágoa
Os áureos tempos são poente, agora
Trazemos o coração desfeito às mãos
Que na distância perdemo-nos, outrora!
" Tudo, diluiu-se, na trincheira,
como um fantasma! "