Sozinha
Não me deixe aqui sozinha,
Em meio à escuridão.
Como quem caminha,
Atrás de uma ilusão.
Sabes como sou,
Reconhece o meu coração.
Por que aqui estou,
Sem nenhuma direção?
Estou cansada da maldade,
Que impera neste lugar.
Olhos marejados, sem ar,
Por onde anda a felicidade?
Perdi-me pela estrada,
Labirintos ofuscam, desolada.
Amiga e companheira a exaustão,
Dias vazios, cinzentos, sem diversão.
Tenho a necessidade da luz,
Do fogo que me incendeia.
Sentir os momentos andaluz,
Alegria que na alma permeia.
O meu amago em plena expansão,
Impregna fragmentos – Irradiação.
Nem sempre prevalece o bem,
Às vezes, a falsidade vem.
Durará por mais quanto tempo?
Está insensata sensação, tristeza.
Ampulheta não transborda o copo,
Desfez-se a simples beleza.
Aqui dentro soa uma quimera,
As horas passam nessa espera.
A minha hora de partir, farei festa,
Conto os dias que na Terra me resta.