PANDEMIA

Atroz não mede suas interferências.

Propaga-se como chamas ardentes,

E numa profusão que se alastram,

Vai dizimando vidas antes puras,

Sem sintomas para lhes preocupar.

Um virus traiçoeiro sem origem até,

Veio chegando de forma traiçoeira,

Numa época fervilhante de vidas,

Turistas que vieram nos visitar,

E nas bagagens ele até se escondeu.

Não se sabe ao certo onde aportou,

Se nos aeroportos ou então nos portos,

E os inocentes turistas nada sabiam,

Até que sentiram os primeiros sintomas,

Febres, gargantas doidas, mal estar geral.

O povo sem medir as consequências,

Divertia-se num frenesi ensurdecedor,

Nas avenidas e até nos sambódromos,

E nas bagagens o vírus então se instalou,

Invadindo lares e ali tendo permanências.

Vidas se foram sem as despedidas tristes,

Enterradas às pressas para evitar contagíos,

Pessoas idosas de preferência como vítimas,

Que gozavam de merecidas aposentadorias,

Após anos de trabalho sustentando vidas.

Se alastrou como se fosse feroz animal,

Com ímpeto avassalador assustando países,

Mesmo os mais avançados deste planeta,

Fazendo vítimas em todas camadas sociais,

Não tendo preferências entre pobres e ricos.

Busca-se vacinas para conter seus ímpetos,

E numa guerra sem vencedores nem vencidos,

Todos buscam os antídotos para as salvações,

Que podem demorar pelas disputas até políticas.

Jairo Valio - 05-10-2020