DESCONSOLO
Tenho a alma cansada,
presa em correntes sujas,
enferrujadas.
Nelas meu sangue escorre,
pranteia, escarnece sem vida
e pobre.
Não há pranto que cesse a dor
do desgosto, do cansaço,
do falso amor.
Minha vida vai esvaindo.
Não vê?! Sou pequeno,
sou menino!
Acuado apenas sofro.
Olho em volta, solidão...
e desconsolo